
Todos os que tinham a Alma ausente
Estavam fechados num hospício distante
Situado entre o díspar e o semelhante
Num lugar nem muito frio nem muito quente.
E tinham um ar de tal modo diferente
Que alguns diziam com atitude confiante
Serem de origem galáctica e mutante
E não verdadeiramente gente.
Pobres de Alma destituídos
Vagueavam como andróides perdidos
Sem inicio, nem fim.
Alguns contemplavam o infinito,
Iam soltando um pequeno grito
E sorriam de vez em quando para mim.
(Lígia, 1 de Maio 2009)